Pele escura e alma clara,
Vivia da agricultura, da pesca e da caça.
Inserido em uma bela sociedade familiar;
Tinha força, garra, fé e sabia amar.
Apreciava milho, amendoim, feijão, mandioca.
Tudo que a terra fornecesse à oca.
Não conhecia a cabra, a ovelha, a galinha, a vaca.
Surpreendeu-se com bichos alvos de olhos resplandecentes,
Que diziam ser de pura alma e com fé atraente.
Esses mesmos que deram nomes a inocentes.
Trocou humildade por espelhos,
Identidade por colares.
Caminha já dizia;
“Certamente esta gente é boa e de bela simplicidade.”;
Ticuna, Guarani, Pataxó, Caiangague.
Inocente, deu a vida por uma fé falsa.
Por conseqüência há avanço em várias áreas
Hoje temos medicina e informática;
Ondas de doenças e pragas.
Poluição psíquica, pouca vida.
Desordenado progresso, muita máquina.
Nomeação de direitos, deveres, amor, coração e alma.
Antes nem nome tinha, e tudo funcionara.
Poderia andar despido
De alma limpa e à natureza apreciar.
Mas perderia a vida ou teria pena a pagar
Constrangeria meus irmãos, mediante ‘violência,
Atentado ao pudor, streaking.
O que é benevolência?
E a minha utopia a estrear;
Sonha o dia que o homem inventará
A máquina que na história voltará
Para dar vida a esse lugar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
invité