11 de novembro de 2010

conversar e(´) poesia.

Senti-me o teu avesso com poesia
imensurável valor

Lê-se o
incomensurável
o inimaginável

fato

E o que a inspira
Inexplicável,


A brusca leitura de seu reflexo
inesperado

A verdade e o começo do fim.

20 de agosto de 2010

Esquizofrenia Universal


A esquizofrenia nos rodeia incessante e legitimamente, assim como os personagens de suas alucinações, como uma ‘pandemia não patológica’ cujo sintoma é a perseguição do medo – que impossibilitam um contínuo progresso -, a vergonha contrária à realidade, o afrouxo no coração e seus derivados sintomas psicossomáticos.

Dividimos rodovias, praças, faculdades e trabalhos com medos fantasmagóricos, pouco infundados. Personagens que não ultrapassam a linha da imaginação, mas constantemente compartilham de nosso cotidiano. Repartimos nossos projetos e metas com inimigos invisíveis que nos usurpam sonhos, restando os detritos impotentes de nossa patente, a desesperança.

Comumente assistimos heróis e logo equacionamos sua sorte e/ou conta bancária. O stress da vida urbana e a covardia de ignorar um falso consolo são sintomas da Esquizofrenia Universal. Seu antídoto é facilmente alcançável para os incansáveis e fiéis às próprias ansiedades, e demasiado caro para os pobres de espírito. Comprovou-se, ainda que empiricamente, que tal mobilidade é inversamente proporcional à sua busca.

O segredo do gênio esquizofrênico e matemático John Nash, retratado no filme Uma mente brilhante (2001), nos leva à ingênua razão que o desprezo aos causadores alucinógenos faz-nos alcançar o Nobel, nosso Nobel da Paz.
Até onde o medo e a insegurança te consentirão alcançar?

31 de março de 2010

Folhetim


Ao abrandar meu sono,
acende-me chamas.

Sem saída: rendo-me,
eis-me aqui.

Incenso
lâmpada,
papel,
lápis,
giz.

Esgotei-me;
está feito!

Acabou,
perdi.

Sobre ti, minha pena,
aquarela,

a rendição,
rastro de mim:

papel, novela,
o folhetim.

Fim

26 de janeiro de 2010

Él, eso pido yo.



Hoy quería una estrella...
Cualquiera...

La lluvia hace frio,
Ya que no lo tengo a él...

Hoy quería el calor de una estrella
Apenas...

Tampoco la tengo...

Si un día él pudiera leerme...

“Ámame por una noche,
En el frío de la lluvia
O mirando las estrellas...
Ciertamente
Estaré cerca de tu camino.”

Él...

¡Eso pido yo!